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Auditoria Interna já é uma realidade para as organizações brasileiras

Ao longos dos últimos anos a área de Auditoria Interna vem conquistando mais importância como uma ferramenta para avaliação e a mitigação de riscos e para o aperfeiçoamento das operações das organizações

Ao longos dos últimos anos a área de Auditoria Interna vem conquistando mais importância como uma ferramenta para avaliação e a mitigação de riscos e para o aperfeiçoamento das operações das organizações. A pesquisa “Auditoria Interna no Brasil – Nos fundamentos da governança e da estratégia” analisa o estágio de maturidade da prática nas empresas, identificando os modelos que apoiam o crescimento sustentado, além dos pontos nos quais a estrutura pode se aprimorar em seus processos de gestão e na comunicação com as demais áreas de negócios.

O primeiro dado que mostra a evolução e relevância da área é que 77% (53% com estrutura local e 24% com estrutura global) das organizações já implantaram a Auditoria Interna. “Os resultados evidenciam a importância da área para o tratamento de questões relacionadas a controles internos e eficiência operacional. Diante disso, as empresas têm se mobilizado para construir estruturas dedicadas à área”, destaca Alex Borges, sócio da área de Consultoria em Gestão de Riscos da Deloitte e responsável pelo estudo.

Porém, entre os 23% de respondentes que afirmaram não possuir uma estrutura de Auditoria Interna, 53% têm a intenção de implementar uma estrutura nos próximos dois anos. O estudo mostrou também que o principal motivo dessa parte da amostra não possuir a estrutura é que a organização não possui cultura de ter Auditoria Interna, algo que deve mudar ao longo dos próximos anos.

O espaço que o mecanismo tem ganhado reflete ao novo cenário de normas vigentes no Brasil. Um forte exemplo é a Lei Anticorrupção – a qual prevê que empresas respondam judicialmente por atos ilícitos cometidos por seus profissionais contra a administração pública, em vigor desde fevereiro de 2014. Por isso, é cada vez mais clara a demanda por estruturas bem planejadas e robustas de Auditoria Interna. Nesse contexto, foi observado que para a preparação de uma bom plano de Auditoria Interna são utilizadas algumas ferramentas. A principal delas é uma avaliação de riscos realizada pela Auditoria Interna com os principais executivos da empresa (71%), seguida experiência do gestor de Auditoria Interna (51%), pelos objetivos estratégicos da organização (37%) e pelas necessidades do Comitê de Auditoria (34%).

“Para uma organização alcançar os seus objetivos com o seu plano de auditoria é importante que ele esteja atrelado ao planejamento estratégico da organização, além de abordar os riscos que apresentam maior vulnerabilidade e que possam gerar maior impacto. Para isso, existem diversos instrumentos que podem construir esse processo”, aponta Borges.

A pesquisa também permite elucidar alguns pontos sobre a Auditoria Interna no País e identificar alguns aspectos essenciais que podem contribuir neste processo, como: aprimorar o foco em gestão de riscos e governança; desenvolver uma visão estratégica para Auditoria Interna, priorizar o uso de tecnologia e ferramentas e garantir o alinhamento das atividades de Auditoria Interna com Gestão de Riscos, Controles Internos e Compliance.

Aliada aos pilares da Governança

A Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre os sócios ou acionistas, Conselho de Administração, diretoria e órgãos de controle, de acordo com a definição do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

“As boas práticas de governança têm a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade. Para que essas boas práticas se tornem efetivas as organizações vêm implementando ao longo dos anos estruturas robustas com finalidade de gerir, fiscalizar e aprimorar seus processos”, afirma Borges.

A pesquisa também trouxe uma visão comparativa entre a Auditoria Interna e os outros pilares da Governança. Por exemplo, ao compararmos Auditoria Interna e Gestão de Riscos identificamos que existe, na maioria dos aspectos avaliados, uma proximidade entre visões sobre as áreas, diante da visão da Alta Administração e da Auditoria Interna. Quando tratamos da relação entre Auditoria Interna e Controles Internos a relação de proximidade também é visualizada, porém, com algumas ressalvas.

Além disso, a Governança Corporativa também é uma ferramenta para estabelecer controles e identificar riscos, além de obter um parecer independente de sua estrutura de controles e demonstrações financeiras. Diante desse cenário, seguindo os princípios estabelecidos pelo Instituto de Auditores Internos (IIA, na sigla em inglês), a área de Auditoria Interna é um dos principais pontos para sustentar a Governança Corporativa, com 54% dos apontamentos, seguida por estruturas de Controles Internos (34%) e práticas de Gestão de Riscos (32%).


Sobre a pesquisa

A pesquisa “Auditoria Interna no Brasil” contou com a participação de 227 empresas, de origem majoritariamente familiar (40%), seguidas pelas subsidiárias de grupos empresariais e pelas organizações de controle pulverizado, empatadas com 27%. As empresas de origem familiar são aquelas que neste momento estão priorizando a estruturação do processo de governança e independência nos reportes da Auditoria Interna. Em sua maioria os participantes são auditores internos (58%), integrantes da Alta Administração e membros de Conselhos e Comitês. As empresas são, em sua maioria, brasileiras (72%). Empresas de atividades financeiras foram as principais respondentes da pesquisa e representaram 18% do total. Em seguida estão as empresas de informática, tecnologia da informação e internet (11%) e construção (8%).

Sobre a Deloitte

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