Abrir Empresa Já tenho uma Empresa

Notícias

Nova Política Industrial se desdobra na transformação digital dos pequenos negócios

Artigo do presidente do Sebrae Nacional traz mais informações sobre os esforços da instituição e do governo federal para impulsionar a competitividade das empresas

A Nova Política Industrial proposta pelo governo brasileiro, intitulada Nova Indústria Brasil, emerge de um profundo debate junto ao setor produtivo do país como instrumento para reverter o cenário da desindustrialização enfrentado nas últimas décadas. A iniciativa, liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, representa uma oportunidade histórica para impulsionar a indústria nacional até 2033, priorizando a sustentabilidade e a inovação. Serão investidos R$ 300 bilhões, cabendo à política de neoindustrialização nortear o investimento.

Um dos pontos de destaque e que fazem desse plano algo inédito é a atenção direcionada às micro, pequenas e médias empresas, que, ao longo da história, estiveram à margem de boa parte das políticas públicas voltadas ao setor. O governo Lula reconhece o papel crucial dessas empresas no desenvolvimento socioeconômico do país, sendo responsáveis por uma proporção essencial dos empregos e agentes ágeis e inovadores na diversificação do setor industrial.

Por isso, o plano tem como meta engajar, no primeiro momento, 200 mil dessas empresas ao longo de quatro anos, aumentando sua produtividade em 20%. Essa abordagem fortalece a base produtiva, estimula a geração de riqueza, ao mesmo tempo em que cria empregos de qualidade. A transformação digital é um dos pilares da nova política, um caminho sem volta, que visa transformar digitalmente 90% das empresas industriais brasileiras. Serão R$ 2 bilhões de investimentos para transformação digital.

O Sebrae está participando ativamente desse processo. A iniciativa abraça a indústria 4.0, fomentando o desenvolvimento de produtos digitais e a produção nacional de semicondutores. O governo busca não apenas modernizar a indústria, mas também triplicar a participação da produção nacional de novas tecnologias. A desburocratização é mais uma frente da Nova Indústria Brasil, com 41 projetos voltados para a melhoria do ambiente de negócios. Essa medida é essencial, principalmente para as MPE, que enfrentam grandes desafios para ampliar sua produtividade. Isso representa melhorar a gestão, implantar eficiência energética, tornar a empresa mais competitiva.

As metas de transição para a bioeconomia e a redução das emissões de carbono estão integradas aos objetivos de ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e reduzir em 30% as emissões de carbono da indústria nacional. Além de atender as demandas globais por práticas mais sustentáveis, o compromisso com a sustentabilidade posiciona a indústria brasileira como força inovadora e responsável no cenário internacional.

A iniciativa do governo é um passo estratégico na direção de elevar as micro e pequenas indústrias brasileiras ao papel de protagonistas que lhes pertence. Ao olhar com atenção diferenciada para as necessidades desse segmento, o país promove as bases para um futuro mais promissor e sustentável.

Com a implementação efetiva dessa política, será possível vislumbrar um horizonte em que os pequenos negócios não apenas sobrevivem, mas prosperam, potencializando ainda mais a retomada do crescimento do Brasil com distribuição de renda e oportunidades para todos.

Será apresentada hoje a Plataforma da Produtividade, ferramenta de acesso ao novo Brasil Mais Produtivo, programa voltado ao aumento de produtividade e de competitividade de micro, pequenas e médias empresas e que faz parte do projeto de neoindustrialização do governo federal. O lançamento marca a abertura das inscrições e o início de nova fase do B+P, que, a partir deste ano, terá foco na transformação tecnológica das empresas.

A jornada de atendimento às empresas terá execução do Sebrae e do Senai, voltada à melhoria de gestão, inovação, mercado, manufatura enxuta, eficiência energética e transformação digital. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) se somam ao programa.